A palavra já despiu a gravata Descalçou sapatas de preguiça Vestiu-se de liberdade grata E nunca mais foi à missa

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Set 08

Às vezes, quando vou à casa de banho, dou por mim a pensar em deus.
Não estou a falar dos pensamentos do género “Meu deus, o que raio terei comido para ter este efeito”, estou mais a falar dos pensamentos que me levam para o conceito de deus (não uso Deus porque não quero ofender ninguém, assim cada um assume o deus que lhe der na gana).
Certamente que grande parte da humanidade faz o mesmo.
Afinal de contas que melhor altura para questionar-mos a existência humana do que a privacidade que é proporcionada pela ida à casa de banho (e sem dúvida que o metano também ajuda). Estou mesmo em querer que algumas religiões promovem uma dieta vegetariana, ou mesmo vegan, não por defesa das criações de deus, mas sim porque é sabido que uma dieta rica em vegetais ajuda ao transito intestinal (as coisas que se aprendem a ver anúncios a iogurtes).
Nós (e por nós assumo a sociedade dita Ocidental, num planeta essencialmente esférico alguém conseguiu definir Ocidente e Oriente?!, mas isso fica para outra altura) somos essencialmente monoteístas e do ponto de vista da busca até temos a vida facilitada, mas e, para exemplo mais básico, os Hindus? Com Ganesha, Brahma, Shiva, etc... Não é de admirar que quando visitamos a Índia passemos uma boa parte das nossas horas à procura de um local de meditação.
Acredito ser, no fim de contas, esse o propósito da existência do caril! E daí haverem vários graus de intensidade, ou seja, quanto mais próximos estivermos do conhecimento mais forte é o caril e maior o seu impacto na “meditação”.
(não almocei caril, foi bacalhau, mas depois disto tenho mesmo de ir)
publicado por perdido às 14:32

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